Social commerce no Brasil: o que é? Veja exemplos

O social commerce promove vendas online utilizando indicações e redes sociais. Veja exemplos e como aplicar no seu negócio.
 Lara Zanesco  |      15/08/2023
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Se você já comprou algo pelo Instagram ou outra rede social, saiba que foi impactado pelo social commerce. Já ouviu falar nesse termo?

Apesar de a maioria das pessoas não conhecer o nome disso, a estratégia impacta milhões ao redor do mundo todos os dias. Durante o período da pandemia, ela se tornou ainda mais forte e essencial para o faturamento de negócios dos mais diversos nichos e tamanhos.

Seja um trabalhador por conta própria, alguém que tem um pequeno negócio ou grandes marcas, como a Magazine Luíza, todo mundo pode se beneficiar com o social commerce no Brasil.

Quer saber mais sobre esse tema e como aplicá-lo para conseguir mais clientes? Neste artigo, vou te explicar tudo sobre isso:

  • O que é social commerce?
  • Cenário do social commerce no Brasil
  • Quais são os tipos de social commerce?
  • Exemplos de social commerce
  • Como aplicar o social commerce em pequenos negócios

Continue a leitura e tire suas dúvidas para explorar essa estratégia na hora de prestar serviços e vender seus produtos.

O que é social commerce?

Social commerce são estratégias que utilizam as redes sociais para conquistar novos clientes e vendas. Ela possibilita expandir a presença da marca no mercado, melhorar a experiência dos clientes e promover o engajamento, o que resulta em mais vendas.

Essas ações podem envolver produção de conteúdos, parcerias, sorteios, publicações pagas e por aí vai. A ideia é explorar as redes sociais para chegar em potenciais clientes e qualificá-los cada vez mais.

É algo que vale muito a pena considerando o volume de pessoas que usam esses canais para consumir conteúdo. Veja, agora, como essa estratégia tem sido implementada no país.

Cenário do social commerce no Brasil

De acordo com dados da Similar Web, com base em usuários Android, o top 5 de redes sociais no Brasil neste ano é:

  1. WhatsApp – 123.5 milhões de usuários;
  2. Instagram – 85 milhões de usuários
  3. YouTube – 84.8 milhões de usuários;
  4. Facebook – 45.25 milhões de usuários;
  5. TikTok – 34.53 milhões de usuários.

Vale ressaltar que a pesquisa não considera os usuários do sistema iOS, da Apple, então os números podem ser diferentes na totalidade.

Além disso, alguns aplicativos estão em constante e rápida ascensão, como o Tiktok e outros de vídeo e conteúdos de consumo rápido. Isso acontece especialmente por conta da adesão da chamada Geração Z, pessoas nascidas de 1995 a 2010, que tem preferência pela dinamicidade desses conteúdos.

Mas não são só os jovens que consomem os conteúdos das redes sociais. Estudos do We Are Social mostram que o brasileiro passa quase 4 horas por dia nas redes em média. Imagine que, nesse tempo, além de vídeos, fotos e materiais de entretenimento, ele poderia estar vendo sobre sua marca e seus produtos ou serviços.

Isso não quer dizer que eles estão dispostos a ficar vendo horas e horas de propagandas tradicionais, forçando-os à compra. Na verdade, as redes sociais permitem gerar identificação e presença online e é isso que vai levar à venda.

Quais são os tipos de social commerce?

Apesar de as redes sociais estarem no centro do que se refere ao social commerce, é possível aplicá-lo em outros canais. A ideia é explorar as relações e interações sociais para angariar público e vendas.

Veja, agora, os principais tipos de social commerce que você pode aplicar no seu negócio, mesmo que trabalhe por conta própria:

1- Redes sociais

A ideia é usar as redes sociais para oferecer conteúdos educativos sobre seus produtos e serviços, além deles em si. Muitas plataformas já permitem comprar direto pelo aplicativo, outras liberam inclusão de links que levem para compra, seja no Whatsapp ou site.

2- Fóruns

São sites e plataformas de compra onde as pessoas trocam experiências e informações de compra sobre marcas e produtos. Quanto melhor for a experiência dos seus clientes, maiores e melhores serão as indicações nesses sites. Isso pode contar muito para o seu financeiro, já que quem está em fóruns já está quase pronto para comprar.

3- Compra coletiva

As compras coletivas acontecem em sites próprios. Eles permitem que as pessoas se unam para conseguir aproveitar descontos em produtos e serviços.

4- Marketplaces

A venda de pessoa para pessoa nas redes sociais também acontece, quando alguém indica um produto ou oferece o próprio serviço. Os marketplaces são um dos principais canais para isso, como os desapegos na OLX.

5- Indicações

Também chamadas de compras por colaboração, a ideia é promover a venda a partir da ajuda de outros consumidores. Acontece em fóruns, chats de grupo ou até mesmo nas redes sociais, como em comentários de publicações. Muitas vezes são indicações orgânicas e dependem muito da experiência que seus clientes tiveram.

Exemplos de social commerce

Veja, agora, alguns exemplos de ações de social commerce para você entender, de uma vez por todas, como essa estratégia é aplicada:

Publicação nas redes sociais

Veja esta postagem no Instagram da Company Hero. É um conteúdo explicativo sobre um dos nossos serviços, o Escritório Virtual, em formato de carrossel. Misturamos imagens e textos com chamada para ação, gerando engajamento de quem tem interesse no serviço:

print de post do instagram

Valorização das avaliações

A Shein é um ótimo exemplo de vendas colaborativas. Eles valorizam as avaliações dos clientes nos produtos, dando pontos que podem ser trocados por descontos na plataforma. Além de manter os clientes comprando, isso facilita a venda para quem tem dúvidas sobre o produto, justamente por conta de indicações e avaliações reais:

print de avaliações da Shein

De pessoa para pessoa

A OLX é o melhor exemplo para entender como funcionam as vendas de pessoa para pessoa. Lá você consegue saber quando o vendedor está online, histórico de vendas, vantagens e a plataforma garante segurança para quem está comprando:

print de item a venda no site do OLX

Como aplicar o social commerce

Agora que você já entendeu o que é o social commerce, como funciona e os benefícios que pode trazer para o seu negócio, é hora de aprender a colocá-lo em prática.

Levantei algumas dicas simples que podem fazer diferença tanto para quem trabalha por conta própria como para quem tem empresa e quer começar essa estratégia. Veja estas 5 dicas:

1- Escolha as melhores redes sociais para o seu nicho

Antes de tudo, não precisa achar que você tem que estar em todas as redes sociais e que vai ser trabalhoso criar tanto conteúdo assim.

Você precisa saber quais são as redes mais usadas pelos seus clientes. Quando se tem uma estratégia de negócio e conhece o seu público, isso fica mais fácil.

Por exemplo, uma loja de roupas não precisa estar no Linkedin, mas quem procura por freelas de redação tem que estar ativo nessa plataforma.

Saber quais as melhores redes sociais para o seu nicho te ajuda a focar e a poupar esforços desnecessários, o que é ainda mais essencial para quem trabalha sozinho.

2- Crie conteúdo com foco no engajamento

Na hora de criar conteúdo, você precisa variar seus objetivos. Vão ter materiais que servem para alcançar clientes, outros para tirar dúvidas e por aí vai. Quando o assunto é social commerce, os que geram engajamento merecem uma atenção especial.

Tenhamos o Instagram como exemplo. Você pode criar conteúdos de educação que gerem compartilhamento, dicas para seus clientes salvarem ou até os que geram comentários, como aquele exemplo do Instagram da Hero que eu apresentei antes.

A ideia é fazer o público interagir com a sua publicação. Isso ajuda a plataforma a perceber que as pessoas gostam do que você compartilha e a entregar mais seus conteúdos para seus seguidores e compradores em potencial.

Além disso, quando a pessoa engaja, significa que a publicação gerou valor para ela, isso é essencial para que elas se tornem clientes e, mantendo a qualidade da experiência, virem promotores da marca.

3- Explore o marketing de influência

Lembra que um dos tipos de social commerce é a compra por indicação? O marketing de influência tem tudo a ver com isso.

E não se preocupe, você não precisa começar pagando influencers enormes e de nível nacional. Comece com pessoas pequenas da sua região, negocie o pagamento, dependendo do que você oferece, pode trocar serviços e produtos com o profissional – desde que seja de interesse dele também.

Apesar de o alcance não ser grande como um influenciador de nível nacional, geralmente quem é pequeno tem uma audiência fiel. Isso pode trazer bastante resultado para você nesse começo. Mas lembre-se: precisa ser alguém cuja rotina tem a ver com sua marca e o que você oferece.

Outra possibilidade é pensar em como desenvolver um programa de afiliados para recompensar quem indica seus produtos. Não sabe como isso funciona? Veja nosso conteúdo completo sobre o marketing de afiliados e entenda a fundo.

4- Incentive os conteúdos dos consumidores

Sabe quando você ama um produto ou serviço e sai indicando para amigos e familiares de forma quase automática? Isso também acontece nas redes sociais e você pode aproveitar essas indicações.

São considerados conteúdos orgânicos e que você nem precisa produzir, basta republicar, agradecer e, se quiser, pedir para a pessoa te enviar para usar em outros materiais. Uma forma de incentivar é respondendo quem faz esse tipo de publicação ou dando algum tipo de brinde, como desconto na próxima compra.

5- Foque na experiência do seu cliente

Como expliquei ao longo deste artigo, o social commerce está diretamente relacionado às interações sociais. Por isso, seu cliente precisa ter uma boa experiência em todos os canais em que estiver em contato com a sua marca.

Vai tirar uma dúvida no Whatsapp? Seja cordial, responda rápido e mostre preocupação em esclarecer a pergunta que ele fez. Deixaram um comentário na sua publicação? Responda, mesmo que de forma curta.

São esses detalhes que diferem alguém insatisfeito e detrator de uma marca de um cliente promotor, que indica e continua comprando.

Gostou das dicas? Continue por aqui e veja mais dicas para inovar no seu negócio.

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Lara Zanesco
Especialista em Conteúdo Digital focalizada em SEO, com experiência em materiais para blogs, sites B2C e B2B, há mais de três anos atuando no mercado a nível nacional.

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