Telemedicina no Brasil: aplicação e benefícios

A telemedicina já é uma realidade no Brasil, mas você sabe como isso se deu? Veja como surgiu, como é regulamentada e muito mais.
 Lara Zanesco  |      15/03/2023
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A telemedicina no Brasil está regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde maio de 2022. A demanda por esse tipo de serviço já era discutida desde de 2018 e os debates se mostraram ainda mais intensos durante a pandemia da Covid-19, decretada em 2020.

Desde então, essa solução já tem sido implementada e aprimorada por diferentes operadoras de saúde em todo o país. Inclusive, é um dos diferenciais do seguro de vida com proteção de renda da Hero.

Por isso, preparei este artigo para você entender a fundo a história da telemedicina no país e por que é um serviço tão benéfico para quem quer cuidar da saúde de forma prática e barata. Aqui, você vai tirar suas principais dúvidas sobre o assunto:

  • O que é a telemedicina no Brasil?
  • Quando surgiu a telemedicina no Brasil?
  • Como a telemedicina foi implantada no Brasil?
  • Quais são os tipos de telemedicina?
  • Quais as vantagens e desvantagens da telemedicina?

O que é a telemedicina no Brasil?

No nosso país, a telemedicina engloba os serviços de teor médico realizados por meio de tecnologias e diferentes meios de comunicação, como internet e telefone.

Esse tipo de solução, de acordo com José Hiran Gallo, presidente do CFM, amplia o acesso integral à assistência médica para milhões de pessoas que são usuárias apenas do SUS (Sistema Único de Saúde) no país. Além disso, ele destaca que, devido aos respaldos legais, éticos e técnicos da telemedicina, ela também garante a integridade e privacidade dos dados de cada usuário.

Quando surgiu a telemedicina no Brasil?

A telemedicina aconteceu pela primeira vez no Brasil no início da década de 1990. Já o primeiro exame remoto, de ECG (Eletrocardiograma), foi registrado apenas em 1994. Provavelmente você achava que essa era uma solução mais recente, não é?

Acontece que, de fato, ela vem sendo muito mais discutida nos últimos anos e, consequentemente, mais desenvolvida. Desde 2018, ela tem sido olhada mais de perto, inclusive por universidades a partir de incentivos governamentais.

Como a telemedicina foi implantada no Brasil?

Em 1994, os exames de ECG começaram a ser realizados por uma empresa e encaminhados por FAX para os especialistas. Esses foram os primeiros serviços de telemedicina no país. Ainda naquele ano, outra empresa, agora uma rede de hospitais, começou a trabalhar com videoconferências para troca de informações entre suas unidades.

Em 1996, o InCor (Instituto do Coração) começou a monitorar pacientes em domicílio à distância e, um ano depois, surgiu o Hospital Virtual Brasileiro na Unicamp e a primeira matéria de Telemedicina no Brasil.

Nos dez anos seguintes, até 2008, foram surgindo diferentes tipos de serviços na telemedicina: laboratórios, teleconferências, consultas e até cirurgias à distância se tornaram realidade com o passar dos anos.

Até 2022, os serviços de telemedicina eram regidos pela Resolução nº 1.643/2002. Ela foi substituída pela Resolução nº 2.314/2022, no mês de maio, que segue sendo a atual regulamentação do serviço do país.

Para essa atualização, o Conselho Federal de Medicina estudou e realizou diversos debates com variadas entidades médicas e profissionais das redes pública e privada de saúde.

Quais são os tipos de telemedicina?

Quando se fala em tipos de telemedicina no Brasil, estamos falando sobre os serviços que se enquadram nessa categoria médica. De modo geral, as principais modalidades são estas:

1- Teleconsulta

Essa modalidade engloba toda consulta feita não presencialmente a partir de tecnologias digitais e da comunicação. Outro fator é que médico e paciente estão em locais diferentes, do contrário, seria apenas uma consulta médica.

2- Teleconsultoria

É quando médicos, mentores e outros especialistas fazem atendimentos a distância utilizando as tecnologias e a comunicação para prestar consultoria administrativa ou de saúde.

3- Teleinterconsulta

Há casos médicos em que mais de um especialista precisa participar da consulta, seja com o paciente presente ou não. Quando isso acontece à distância por meio de tecnologias e meios de comunicação, é o que chamamos de teleinterconsulta.

4- Telediagnóstico

Os telediagnósticos são emitidos online e costumam usar imagens, dados e gráficos digitais. Eles não são emitidos por qualquer médico, mas por aqueles que tenham o RQE (Registro de Qualificação de Especialista) na área analisada.

5- Telecirurgia

A telecirurgia é popular e muito conhecida na área oftalmológica. No geral, o procedimento é feito por um robô controlado por um especialista que está à distância. A cirurgia robótica foi regulamentada pela Resolução 2.311/2022 da Confederação Federal de Medicina.

6- Televigilância

A televigilância acontece a partir de aparelhos conectados ou implantados nos pacientes. Por meio deles, os especialistas conseguem monitorar os sinais e parâmetros de saúde dos parâmetros, seja para coordenar, orientar ou supervisioná-los. Também é conhecida como telemonitoramento.

7- Teletriagem

É muito comum passarmos pela triagem antes de uma consulta. Nesse tipo de atendimento, o especialista avalia os nossos sintomas para entender qual a melhor forma ou o melhor especialista para prestar o atendimento. No caso da teletriagem, isso é feito à distância.

Quais as vantagens e desvantagens da telemedicina?

De modo geral, a telemedicina tem muito mais benefícios do que desvantagens. Para resumir este ponto, a principal desvantagem do serviço é a falsa sensação de que ela é uma substituta da medicina presencial.

Na verdade, de acordo com o CFM, a telemedicina é uma alternativa para casos em que o atendimento presencial não se mostre necessário para diagnóstico ou tratamento do paciente. Ou seja, a medicina presencial ainda deve ser a primeira alternativa para tratamento dos pacientes e, somente após descartada a sua essencialidade para o atendimento, a telemedicina deve ser buscada como alternativa.

Isso não quer dizer que a telemedicina não é confiável, mas que ambas modalidades devem considerar o bem-estar do paciente, por isso o método tradicional é o primeiro indicado.

Por outro lado, há diversas vantagens em recorrer à telemedicina. Primeiramente, há diversos casos que podem ser avaliados, monitorados e até tratados de forma remota. Junto a isso, os profissionais percebem maior autonomia de atuação.

Nesse sentido, essa se torna uma solução financeiramente mais acessível do que planos de saúde tradicionais, por exemplo. Desse modo, pessoas em situações mais carentes têm maior possibilidade de contratar o serviço. Sem falar que economizam tempo e dinheiro por não precisarem se deslocar até o consultório médico.

Ainda, de acordo com o presidente do CFM, a pandemia deixou claro que a telemedicina é essencial para a manutenção da saúde básica de brasileiros que estão afastados dos grandes centros urbanos.

Mas, para as cidades de alta população, também foi uma excelente forma de minimizar as aglomerações dentro dos hospitais. Isso certamente foi fundamental para otimizar o fluxo dos atendimentos, na medida do possível, especialmente porque muitas equipes médicas estavam focadas nas linhas de frente de combate ao vírus.

Viu só? A telemedicina já está bem difundida e desenvolvida no Brasil e no mundo. Não é à toa que ela faz parte dos benefícios de alguns planos da nossa Proteção de Renda para PJs. Quer saber mais sobre esse assunto? Então, aprenda agora o que é o seguro renda protegida.

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Lara Zanesco
Especialista em Conteúdo Digital focalizada em SEO, com experiência em materiais para blogs, sites B2C e B2B, há mais de três anos atuando no mercado a nível nacional.

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